Medida preventiva foi adotada pelo risco potencial de inundação em função da fissura detectada na estrutura da barragem Passo do Meio, na cidade de São Francisco de Paula
O Corpo de Bombeiros, a Brigada Militar e a Defesa Civil de Flores da Cunha, além de representantes da empresa Energética Campos de Cima da Serra, realizaram na manhã desta quinta-feira, dia 30, quatro notificações para os moradores/proprietários de residências próximas ao Rio das Antas, entre as comunidades de Nossa Senhora do Carmo e São Vitor, no perímetro do município, para evacuação do local, devido ao risco potencial de inundação em função da fissura detectada na estrutura da barragem Passo do Meio, na cidade de São Francisco de Paula. Todas as pessoas dos locais notificados contam com outras residências para se abrigarem na área central da cidade.
Essa estrutura vai passar por manutenção, assim, por cautela, é necessário que as famílias sejam evacuadas para resguardá-las de possíveis danos nas propriedades e risco iminente à vida. O mesmo vai ocorrer aos moradores de Nova Roma do Sul e Nova Pádua, por exemplo, que residem próximo à barragem. Com essa interdição dos locais, a ocupação, visitação ou permanência nos imóveis situados na zona de impacto direto fica proibida durante os próximos 20 dias.
Segundo o subchefe de Defesa Civil do RS, coronel Rodrigo Dutra, “há três barragens em sequência e a percolação está localizada na barragem mais acima, sendo que, em caso de ruptura total daquele barramento há mais duas barragens para conter a onda de cheia o que, conforme atesta o empreendedor, traz segurança à operação de evacuação de emergência”. A percolação pode ser definida como a passagem de água pelo barramento em razão da abertura de fissuras na barragem.
Não há risco iminente de ruptura, porém, em caráter preventivo, a Defesa Civil Estadual, em conjunto com o empreendedor e com a participação das agências de fiscalização e de controle de emergência entendeu por acionar o Plano de Ação de Emergência da barragem. A empresa já está adotando as medidas de mitigação de risco, com o rebaixamento do nível de água na barragem que apresenta percolação e com a abertura de um canal de desvio do rio das Antas no ponto crítico de forma a permitir o reparo na barragem. A previsão inicial da empresa é de que os reparos levem cerca de 20 dias.
Fotos: Corpo de Bombeiros
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