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Em virtude da ampla repercussão social do Jogo “Baleia Azul”, o qual caracteriza-se por uma série de desafios que incluem tarefas de automutilação, adoção de comportamentos bizarros e exposição ao risco, a Secretaria da Saúde, por meio do Departamento de Saúde Mental, alerta e orienta os serviços, escolas, famílias e comunidade para a identificação de possíveis casos de violência autoprovocada ou autoinfligida, compreendidas por ideação suicida, autoagressão, tentativa de suicídio e suicídio.

Solicita-se atenção redobrada dos pais, familiares e profissionais da saúde, em especial, quando forem identificados, pelo menos, três dos seguintes sinais:

- Isolamento social ou familiar;

- Perda de interesse em atividades que costumava fazer;

- Mudanças nos hábitos do sono e alimentação;;

- Irritabilidade e/ou apatia;

- Piora no desempenho escolar ou recusa em ir à escola;

- Comportamentos auto-destrutivos (cortes, queimaduras, perfurações pelo corpo, uso de álcool e outras drogas, exposição a situações de risco);

- Mudança repentina de comportamento;

- Pesquisas sobre envenenamento, medicamentos ou suicídio;

- Exposição à violência;

- Situações de bulliyng;

- Histórico de abuso sexual;

- Melhora repentina de quadros depressivos (aumento de risco de suicídio – encorajamento);

- Tentativas de suicídio pregressas;

- História de suicídio ou tentativas de suicídio na família;

- Postagens nas redes sociais que se referem à morte, à finitude, que indiquem despedida, tristeza ou baixa autoestima;

- Interesse aumentado por filmes de terror e músicas psicodélicas;

- Comportamentos voltados à agressividade, à violência – não comuns anteriormente;

- Preocupação com morte, verbalização acerca do assunto, interesse por assuntos dessa ordem. 

É importante salientar que, nem todo caso de automutilação, isolamento ou comportamento de risco caracteriza o envolvimento da criança ou adolescente com o Jogo Baleia Azul. No entanto, todos os sinais devem ser levados em conta e conduzidos adequadamente, por indicarem sofrimento psíquico.

A família é fundamental nesse processo, sendo necessário o aumento da atenção dos pais e responsáveis para o comportamento dos jovens. A melhor forma de prevenção sempre foi o cuidado e a atenção. É fundamental que os responsáveis envolvam-se nas atividades cotidianas dos jovens, conhecendo o que fazem, aonde vão, com quem convivem e o que acessam na internet. O diálogo deve ser favorecido no ambiente familiar, assim como o afeto e o vínculo para que o jovem se sinta seguro e fortalecido emocionalmente.

Porém, se mesmo com todos os cuidados, a qualquer suspeita de risco, os responsáveis devem procurar ajuda na Rede de Atendimento Psicossocial do município de Flores da Cunha. Recomenda-se, inicialmente, a realização de avaliação clínica na UBS de seu território, por meio da ESF. O profissional, após avaliação do quadro, encaminhará o jovem e seus familiares para os serviços de tratamento em Saúde Mental: 

- Serviço de Psicologia – Localizado no Centro de Saúde Irmã Benedita Zorgi, caracterizado pelo acompanhamento psicológico de pessoas que apresentam sofrimento psíquico, incluindo conflitos familiares, luto, problemas comportamentais, entre outros. Fone: 3292-6800;

- Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I Florescer - Caracteriza-se pelo atendimento de pessoas que apresentam intenso sofrimento psíquico, com sintomas severos e persistentes, incluindo dependência química de álcool e outras drogas. Atende crianças e adultos. Atende na Rua Prof. Maria Dal Conte, nº 2807 – Centro - Fone: 3292-5372/5388;

- SAMU - Atendimento móvel de emergência que deve ser acionado em casos de risco, compreendidos por ingesta medicamentosa, automutilação grave, lesões, quedas e tentativa de suicídio. Telefone: 192

- Hospital Beneficente Nossa Senhora de Fátima - Possui 4 leitos de Saúde Mental, os quais são regulados, conforme avaliação do médico clínico plantonista. Configuram casos para internação aqueles que apresentam risco de vida. 

Responsável pela nota:

Taíse Girotto

Coordenadora de Saúde Mental