Cerimônia ocorre nesta terça-feira, dia 20, a partir das 14h, no centro de Flores da Cunha
Ocorre nesta terça-feira, dia 20, às 14h, a cerimônia do tombamento municipal do prédio do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi, em Flores da Cunha. Localizado na esquina da Av. 25 de Julho e a Rua Dr. Montauri, o local carrega em si não somente as memórias de seu rico acervo de peças e documentos, em sua bagagem está também parte importante da história do desenvolvimento da cidade, de sua organização política, social e cultural, além do prédio com as fortes caracteríticas do Art Déco.
Este será o segundo tombamento do patrimônio histórico cultura de Flores da Cunha, o primeiro ocorreu no mês de agosto de 2018, onde o antigo cemitério antigo da Capela São Martinho, no Travessão Martins, passou a ser denominado Campo Santo dos Imigrantes.
História
A edificação, construída entre os anos de 1943 e 1945 e inaugurada em 1946, se destinava a abrigar as atividades da Prefeitura Municipal. Até o ano de 1985, o prédio cumpriu sua função, mas o desenvolvimento da cidade e a demanda maior pelos serviços públicos fizeram com que o centro administrativo ocupasse outro local, e a edificação se transformasse em museu, arquivo histórico e biblioteca pública no ano de 1986.
Com o acesso principal voltado para avenida, a entrada ao prédio acontece no centro da fachada. O acesso encontra-se elevado em relação ao passeio público, resultando em ênfase maior da entrada, além de permitir ventilação ao subsolo. Aliás, a marcação vultosa do acesso principal é uma das particularidades de relevância do Art Déco.
Na edificação encontramos ainda outras características do movimento: a simetria das fachadas, a divisão horizontal em base-corpo-coroamento, os detalhes em friso horizontais abaixo das janelas e na platibanda, o "falso" escalonamento da platibanda por meio de alto relevo nas fachadas, a fonte utilizada do letreiro "prefeitura municipal" em alto relevo, o rigor dos parâmetros geométricos.
Ainda externamente, a curva na esquina ameniza o ângulo reto e confere originalidade ao conjunto, oportunizando uma quebra na regularidade das fachadas, mas ainda mantendo a harmonia do conjunto pela rígida linearidade da fenestração. As janelas e a porta da sacada em verga reta contrastam com a porta principal em arco pleno. A sacada sobre o ingresso principal (mas um elemento de ênfase para a entrada) é suportada por elementos em concreto em forma de voluta decorada e possui detalhe de ferro em arabesco no guarda corpo, contrapondo em delicadeza à composição geométrica do restante do edifício.
Os retângulos em baixo relevo envolvendo cada dupla de janelas do térreo e pavimento superior, oportunizam efeito de verticalidade ao edifício. Todas as esquadrias externas são em madeira, com caixilhos de vidro. Tanto as janelas como as portas são de abrir em duas folhas. Originalmente, o material utilizado para o revestimento externo era o pó de pedra, com pó de mica incorporado na massa. O aglomerado de rochas moídas conferia aspecto cintilante ao edifício e, talvez por isso, a lembrança antiga sobre a coloração da edificação seja a da cor rosa, provavelmente pelo resultado da luz natural refletindo nas pedrinhas de mica. Atualmente o museu é pintado na cor rosa. O prédio é composto por três pavimentos, sendo o térreo e segundo andar divididos em duas porções que ladeiam a escada principal.
Internamente, logo na entrada, pode-se observar o piso em ladrilho hidráulico preto e branco compondo o hall de entrada e acesso as escadas. O piso em ladrilho também aparece no patamar superior da escada no segundo pavimento. Nos demais ambientes do térreo e andar superior, exceto nos sanitários, o piso é madeira, e o subsolo apresenta piso em cimento alisado pintado. Ao subir a escada, observa-se um colorido vitral representando motivos da pátria, além dos detalhes em alto relevo na porção inferior das paredes remetendo a folhagens. Detalhes importantes são as pinturas ornamentais que simulam aparência de mármore, revestimento composto por uma combinação de materiais coloridos, hoje encobertos por camadas de tinta pintadas em reformas feitas ao longo dos anos. As paredes detalhadas, foram aplicadas nas duas salas de maior importância no prédio: a da Câmara de Vereadores e a do Gabinete do Prefeito.
No espaço das escadas, junto ao forro, também havia pintura decorativa rendilhada. Todos os forros são em madeira ripada, pintados de branco, com cimalhas decorativas. O prédio do Museu Histórico Pedro Rossi deve ser preservado principalmente quanto à sua importância para a história da comunidade, além de ser um relevante, típico e raro exemplar da arquitetura Art Déco no município. Sua preservação, inclusive por sua localização estratégica junto ao coração da cidade, ocasiona antigas lembranças nos antigos moradores e conduz as novas gerações ao cuidado e valorização do patrimônio cultural. O edifício aparece ali como testemunha do tempo acompanhando e atuando como importante personagem no desenvolvimento da cidade, e assim deve ser mantido.
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