O principal símbolo arquitetônico da imigração italiana na cidade, e um dos únicos do Rio Grande do Sul, foi restaurado com recursos provenientes da LIC,no valor de R$ 3 milhões
Após dois anos de obras foi entregue oficialmente nesta sexta-feira, dia 15 de dezembro, na comunidade de Otávio Rocha, o restauro do Casarão dos Veronese. O principal símbolo arquitetônico da imigração italiana na cidade, e um dos únicos do Rio Grande do Sul, foi restaurado com recursos provenientes da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LIC), com patrocínio das empresas Florense e Keko, além da Prefeitura Municipal, com investimento de aproximadamente R$ 3 milhões.
Participaram da cerimônia o prefeito de Flores da Cunha, Lídio Scortegagna, os secretários estaduais de Planejamento, Carlos Búrigo, e da Cultura, Vitor Hugo, o presidente da Câmara de Vereadores, Moacir Ascari, além de secretários municipais, vereadores, representantes de entidades, sindicatos, familiares das famílias que habitaram o Casarão, comunidade de Otávio Rocha e a imprensa. Após a cerimônia os convidados foram recepcionados no Salão de Otávio Rocha para o almoço, onde foi servido o prato típico de Flores da Cunha, o menarosto.
A Restauração
O projeto em execução, do arquiteto Edegar Bittencourt da Luz, propôs adequações ao projeto original elaborado em 2008 que, pela defasagem do tempo e com o aumento da degradação, eram tecnicamente inadequadas. Foram buscadas soluções para o avançado processo de deterioração das alvenarias de pedra e barro, que estavam em péssimo estado e com perigo de desmoronamento, entre outros dados técnicos obtidos a partir da atualização dos levantamentos e diagnóstico das patologias da construção, bem como das normas edilícias e de prevenção que passaram a vigorar nos últimos anos, como aquelas vinculadas à acessibilidade e prevenção de incêndio, a nova proposta foi aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado – IPHAE. A nova solução estrutural conta com coberturas metálicas e também a utilização de vidros, evitando a sobrecarga de um telhamento em telha de barro. Também foi analisado que, como a edificação não continha mais o telhado, não deveria se fazer uma imitação das telhas de barro e sim construir uma nova cobertura contemporânea, atendendo as cartas patrimoniais no âmbito internacional.
Confira o link com mais fotos do evento: inauguração do Casarão dos Veronese
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