Turistas dos Estados Unidos e Uruguai, além de visitantes de outros 13 estados brasileiros passaram pela obra de restauro que foi inaugurada em dezembro do ano passado
Nos primeiros 30 dias de visitação o Casarão dos Veronese recebeu 540 pessoas, inclusive com turistas dos Estados Unidos e Uruguai, além de visitantes de outros 13 estados brasileiros. O principal símbolo arquitetônico da imigração italiana na cidade, e um dos únicos do Rio Grande do Sul, foi restaurado com recursos provenientes da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LIC), e foi inaugurado no dia 15 de dezembro, na comunidade de Otávio Rocha, interior de Flores da Cunha.
O investimento de aproximadamente R$ 3 milhões, contou com o patrocínio das empresas Florense e Keko, além de recursos da Prefeitura Municipal. O projeto do arquiteto Edegar Bittencourt da Luz propôs adequações ao projeto original elaborado em 2008, uma vez que pela passagem do tempo e com o aumento da degradação do prédio, algumas se tornaram defasadas e tecnicamente inadequadas.
No local existem salas de exposições, salas temáticas, espaço multiuso, oficina gastronômica, além de espaços e objetos que contam a história da imigração italiana. Em curto prazo entrará em funcionamento um bistrô com cardápio especial para atender os turistas. O espaço conta com acessibilidade, estacionamento e entrada gratuita. No anexo do casarão também funciona o Departamento de Cultura de Flores da Cunha.
Horário de Visitação
Terça, quinta e sexta-feira: das 8h às 11h45 e das 13h15 às 17h
Sábado: das 10h às 11h45 e das 13h15 às 17h
Domingo: das 10h45 às 11h45 e das 13h às 16h30
Endereço: Estrada Olindo Carlos Toigo, 650, Distrito de Otávio Rocha
Telefone: (54) 32791092
O Restauro
Foram buscadas soluções para o avançado processo de deterioração da alvenaria de pedra e barro, que apresentava perigo de desmoronamento. Outros dados técnicos obtidos a partir da atualização dos levantamentos e diagnóstico das patologias da construção, bem como das normas edilícias e de prevenção que passaram a vigorar nos últimos anos, como aquelas vinculadas à acessibilidade e prevenção de incêndio. A nova proposta foi aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado – IPHAE. A nova solução estrutural conta com cobertura metálica e vidros, evitando a sobrecarga de um telhamento em telha de barro. Como a edificação não possuía mais o telhado, a avaliação foi de que não deveria ser feita uma imitação das telhas de barro, mas construir uma nova cobertura, em estilo contemporâneo, atendendo as cartas patrimoniais no âmbito internacional.
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